terça-feira, 11 de setembro de 2012

Portugal vence e convence; 3 golos e 5 bolas no poste; Portugal podia ter goleado por número categóricos e assim Portugal confirma os 6 pontos no grupo.


Portugal 3-0 Azerbeijão
Portugal continua invicto e o Azerbaijão mantém o jejum de vitórias neste arranque da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2014. A partida do Axa serviu os propósitos pragmáticos da equipa das «quinas» com a conquista de três pontos, após um triunfo por 3x0.
Uma estranha fixação pelos ferros
Até nem havia grandes condicionantes ao favoritismo português, mas acabou por ser uma vitória «suadiiinha», numa partida muito empolgante e bem jogada. Estiveram melhor os pupilos de Paulo Bento, mas os azeris ainda fizeram suar muito a equipa das «quinas».
Os cerca de 30 mil que lotaram o anfiteatro de Braga começaram por ver uma boa entrada de Portugal, que podia ter marcado o primeiro golo logo aos 2 minutos.
Nani, dentro da área azeri, recebeu a bola, mas não foi rápido o suficiente para tentar o remate. O golo não apareceu nessa jogada, mas Portugal continuou a atacar e a criar vários lances de perigo.
Com uma atitude forte e determinada, os rapazes de Paulo Bento «cheiravam» o golo, lá está, fosse dentro da área ou mesmo fora dela, como aos 12 minutos num forte remate de Raul Meireles. O médio português, em carreira de tiro, chutou para uma defesa apertada do guarda-redes Kamran Agayev.
Paulo Bento, no banco, gostava do que via, enquanto que nas bancadas os portugueses não paravam de «carregar» a equipa.
Porém, o golo, esse, continuava sem aparecer. Aos 18', foi a vez de Hélder Postiga atirar à barra, numa bela jogada entre Ronaldo, João Pereira e o avançado português.
Na «dança» da busca do golo também entrou, ainda na primeira parte, João Moutinho. O médio, tal como Postiga, tirou um belo remate mas os ferros, sempre eles, evitaram aquilo que parecia inevitável: o golo lusitano.
Apesar de estar bem na partida e mandar no jogo, os últimos minutos da primeira parte mostraram um Portugal a baixar um pouco a intensidade de jogo, mas sempre com os «olhos» colados na baliza azeri.
Ao intervalo, ainda assim, o placard registava um nulo, com sabor a injustiça para a formação portuguesa.
O medo, sempre a deixar apertados os corações lusitanos, pairava num «fantasma do passado», aquele que a 15 de outubro de 2008 levou Portugal a empatar sem golos com a Albânia... neste mesmo estádio Axa.
Varela implodiu a pedreira ao primeiro toque na bola, Postiga confirmou a vitória
Na segunda parte, a partida não mudou de registo. Portugal a atacar, a ter posse de bola e o Azerbaijão, por seu lado, a sacudir o perigo da sua área.
De resto, a débil equipa de Berti Vogts - com uma defesa muito fechada - apenas procurava jogadas rápidas de contra-ataque, sobretudo com bolas longas.
É que os jogadores do Azerbaijão bem podem ser (quase) amadores mas têm o seu orgulho e fizeram da sua raça um condimento que enervou, de que maneira, a equipa portuguesa.
Ora, o ditado tão português diz que «tantas vezes vai o cântaro à fonte, que alguma vez deixa lá a asa».
E deixou com Silvestre Varela. O extremo teve uma entrada de sonho. Foi lançado aos 63' e nesse mesmo minuto, na primeira vez que toca na bola, conseguiu furar a defensiva azeri e marcar para Portugal, após uma jogada confusa na área do Azerbaijão.
Dai em diante tudo mudou.
Bem, nem tudo, porque o guarda-redes continuava inspirado. Mas Hélder Postiga acabaria por fazer o segundo golo lusitano. Aos 86', o avançado das Caxinas encostou para o fundo da baliza, depois de Cristiano Ronaldo ter amortecido de cabeça um cruzamento de Meireles.
Dois minutos depois foi Bruno Alves a fazer o terceiro golo, no dia em que recebeu a placa que marca as 50 internacionalizações! Moutinho bateu o canto, e o central do Zenit, nas alturas, cabeceou para golo.
Portugal venceu com inteira justiça e passa a somar seis pontos na corrida para o Brasil.

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